18 setembro 2018

Evangelho "Conversa Fiada


No Brasil, a pregação do evangelho virou conversa fiada. Esse termo é usado para descrever o que não tem consistência ou seriedade. Na pregação é comum se ouvir “Jesus te ama” com certa frequência. Com isso valida-se todo tipo de atitude para que o sujeito venha para a igreja e assim continue a viver como quer. Nominalmente você não encontra este termo diretamente, mas na oração de Jesus, no evangelho de João, há uma declaração do seu amor por nós. Esse “nós” são exclusivamente os discípulos. Não se pode usar isso para descrever todo cidadão. Jesus ama os seus! Na parábola do joio e trigo, Jesus deixa claro na explicação, que joio são os filhos do diabo e trigo os filhos de Deus. Jesus não pode amar os filhos do diabo. Isso você concorda né?
No mundo todo há um movimento cristão que eu considero nefasto, mentiroso e maligno. São as igrejas de gays, lésbicas e de bandidos. Os bandidos não estão organizados em instituição tão quanto os homossexuais e  suas igrejas, mas nos morros do Rio de Janeiro você encontra os donos ostentando cordões de ouro e o nome de Jesus. Garotos do tráfico pedem orações aos pastores e são crentes em Jesus. Portando armas em punho, esses meninos vendem droga e pedem oração como proteção e enfrentam terreiros de macumba como se fossem do demônio mas eles não. Eu pergunto: Que tipo de evangelho se pregou no Rio de Janeiro? Esse evangelho conversa fiada que com “Jesus te ama” abriu para os “não convertidos” o entendimento que mesmo vivendo do jeito que quer podem ser aceitos por Deus. O entendimento do evangelho é parcial. O mesmo digo sobre as igrejas exclusivas de gays, as chamadas teologias inclusivas. Eu não compreendo o evangelho sendo inclusivista. Essa conversa fiada de que Jesus não criticou ou falou sobre gays não é toda a verdade. Jesus não falou mas o apóstolo Paulo falou. João em apocalipse falou.
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.”1 Coríntios 6:9,10
Essa é a lista de Paulo dos que não entrarão no Reino de Deus. Não adianta ter igrejas de homossexuais, de ladrão, de bêbados e depravados. É necessário que aquele que professa o Senhor se aparte da imoralidade.
“Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada.
Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas,
para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina.
Essa sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito.”1 Timóteo 1:8-11

A lei condena, julga, separa e nos aponta o erro. Erro precisa ser corrigido e não essa conversa fiada de amor em Cristo e viver como se quer. Se não se arrepender não pode ser cristão e entrar no Reino. Arrependimento é mudança de vida. Tem um discurso por ai se utilizando do momento de Jesus na cruz perdoando o ladrão. Mas o ladrão se arrependeu dos seus erros, os reconheceu e não se justificou de que havia errado porque foi obrigado a ser assim, que a sociedade o descriminou e por isso roubou e etc. Esse texto nos mostra que Jesus pode salvar o arrependido segundos e minutos antes de morrer se houver reconhecimento de seus erros.
O evangelho de Jesus é para chamar pecadores ao arrependimento e não os fazer aceitos sem tal arrependimento. O evangelho não é para se sentir bem, mas para se arrepender pois há chance para o pecador arrependido.

“Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.” Romanos 13.3,4
Agora em meio as eleições políticas governamentais, os que pregam atitude enérgica aos meliantes são difamados a pregação do ódio. O mundo colocar isso na nossa conta eu entendo, mas cristãos que embarcam nessa, são ao meu ver, maus leitores das escrituras. O apóstolo Paulo é o defensor segundo este texto acima, de que devem os meliantes, temer as autoridades, mas autoridade fraca, vendida, corrupta e muitas vezes defensora dos “coitados dos bandidos” não pode ser temida. Essa lei também é a nossa lei cristã e bíblica.
Novamente eu chamo de evangelho “conversa fiada” de alguns pregadores que preocupados em encher suas igrejas venderam Jesus na banca da feira em hora de xepa.
“No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda. Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância. Malditos!” 2 Pedro 2.1-3,14
Qualquer pastor, pregador e cristão que não ensina a temer autoridade, andar no caminho reto, se arrepender mas se comuna com perversidade ou se cala diante dela é falso profeta. Ainda mais com discurso de amor, tolerância e acolhimento ao pecador não arrependido. Certa feita um homossexual em conversa comigo me perguntou se poderia ser membro de uma igreja mesmo sem deixar o homossexualismo. Disse que não, pois o evangelho que conheço não é permissivo mas transformador. O evangelho de Cristo é para doente e não para devassos e libertinos. É para quem precisa de cura e libertação e não para quem quer aceitação. Então o homossexualismo é doença? Sim, pecado é a nossa doença, o nosso câncer, o nosso mau, a praga que nos alcançou e nos desgraçou.
Se o pecador não abandonar seu mau caminho, não há chance para ele mesmo professando o nome de Jesus.
“Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniquidade todo aquele que confessa o nome do Senhor". 2 Timóteo 2:19
Você pode achar e pensar que todo mundo é de Deus mas não o é, pois quem é não pratica o pecado.
Deixa de conversa fiada com esse evangelho fajuto de amor a qualquer custo e preço, sem preço, sem arrependimento e leia todo o conselho de Deus e não somente o que gosta.
Não somos amigos do mundo e nem simpáticos, mas também não antipáticos, somos de Deus e para Deus.
“Meus irmãos, não se admirem se o mundo os odeia.” 1 João 3:13
“Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia.” João 15.19

10 setembro 2018

Porque escolhi Bolsonaro para presidente


Havia decidido não votar em mais ninguém. Estava desiludido e certo de que todos os políticos são mentirosos. Mas a primeira crítica que recebi de minha consciência foi sobre minha área de atuação. O pastorado! Ouço de alguns que todo pastor é ladrão. Não concordo, pois não sou ladrão. Então, baseado nesse raciocínio comecei a me abrir para observar os candidatos atuais de 2018 para presidente. Antes de irmos para o assunto deste texto preciso lhe dizer que sei que outros cargos públicos são importantes; os deputados, senadores e governadores, mas vou me ater apenas aos presidentes pois estou pensando de cima para baixo. Resolvendo a questão de votar em alguém, fui para a observação crítica que estou acostumado. Talvez você que me lê agora não sabe, mas militei na política muitos anos, desde meus 15 anos de idade e hoje estou com 52. Fui candidato a vereador na minha cidade e abri um núcleo político do PSB (partido socialista brasileiro) em Miguel Pereira na década de 90. Tive como padrinho, alguns políticos do cenário de hoje que ainda estão agarrados no poder. Larguei tudo para viver uma outra causa. Lhe digo isso para você saber que não sou leigo neste assunto. Posso fazer escolhas erradas, mas sei por que caminho seguir. Ao longo de uma vida transformada no evangelho, oriundo de outra religião, venho me aperfeiçoando em uma cultura chamada cristã. Nela, há valores inegociáveis. Família, sexualidade hétero, moral cristã, respeito mútuo, valor a vida, contra aborto, economia de origem cristã aos conceitos de João Calvino e muitos outros valores que aprendemos a viver e defender. Neste momento é que entra o Jair Bolsonaro, figura que por um bom tempo me foi repulsiva, mas sendo honesto comigo mesmo, me abri para observar melhor, porque o termômetro para isso foi a mídia. Anos atrás fui vítima da imprensa em uma matéria sobre psicanalise, então sei muito bem como eles pensam e gostam de deturpar o que falamos quando estão imbuídos de destruir o que lhe são uma ameaça. Foi neste momento que olhei para Bolsonaro e vi ali o único dentre todos com a possibilidade real de chegar lá e fazer alguma coisa em que acredito. Vou a elas para você entender.
1.      Acredito que no poder deve haver alternância. Em 1992 um amigo do PT me pediu que eu escrevesse um artigo para o jornal do partido, sobre porquê de Lula presidente. Como evangélico escrevi que naquela ocasião o Brasil precisava de um presidente que olhasse com mais carinho para o pobre, pois essa era a esperança que tínhamos no Lula. Sem entrar no mérito se ele foi fiel a isso ou não, me atenho apenas a ideia de alternância de poder. Antes de Lula tínhamos 8 anos de FHC. Por mais de 10 anos de PT no governo creio ser preciso outro pensamento contrário a esquerda. Isso é um mau enorme para a república a perpetuação do poder. Essa alternância não me é compreendida como sai o Zé e entra o Manoel, sendo que ambos pensam a mesma coisa e são do mesmo núcleo político. Alternância é estilo e governabilidade diferente do anterior, pois o mesmo por anos cria uma estrutura aparelhada que corrói todo o bem do estado. Aquilo vira o quintal da casa deles. Não pode!
2.      Reserva moral. Esse é um ponto nevrálgico. Quando usamos a palavra moral podemos ser mal interpretados. O Brasil vive hoje uma onda mundial eu sei, de desconstrução familiar e de valores. Tudo que era certo antes hoje é questionado. Os valores dos avós são destruídos nesta sociedade liquida já dizia Bauman. Não aceito e nem posso permitir que nos espaços públicos o sujeito possa fazer o que quiser. Homem com homem e mulher com mulher, expressando sua sexualidade como quiser. Não acho certo nem hétero se expressando afetivamente em público. Acredito que sexualidade é foro íntimo. O espaço para vivenciar é na sua casa, entre suas paredes. Isso aqui está virando uma Babel indesculpável. Sou contra o homossexualismo como estilo de vida por causa de minha fé, mas não sou exterminador de homossexual, muito pelo contrário, os respeito e acho que o estado não deve olhar para isso, ele deve olhar o CPF e RG. O imposto pago e suas obrigações para com ele. Usar o espaço público e o governo com toda a máquina para financiar inversão de valores morais, não concordo. O estado é para o cidadão. Também acho errado o estado financiar religião se você quer saber. Estado laico é o ideal, mas não ateu. O presidente pode e deve ter sua fé, mas governa para todos. Bolsonaro me agrada quando defende o que defendo e se você é contra o que defendemos, pode ser, mas se perder nas urnas não seja um terrorista mas um democrata. 
3.      Atitude enérgica com a criminalidade e criminoso. Bolsonaro responde bem ao meu gosto a questão do bandido. Cadeia e pena dura! Durante o “estado petista” os sociólogos de plantão nada souberam fazer com a criminalidade que só aumenta, muito pelo contrário, defende bandido com misericórdia os vendo como vítimas e nós como opressores. Bolsonaro defende o policial, que muitas vezes é obrigado a se vender ao crime para continuar vivendo porque o estado não os protege e os sociólogos não os enxergam. Apoiar bandido eles sabem, mas defender policial não. Eu considero isso, uma inversão de valores.
4.      Bolsonaro não tem por enquanto, nenhum conchavo com a velha republica que quero ver mudar. Não tem acordos escusos como os outros que dizem que vão mudar agarrados com o velho. Eu sei que o poder corrompe e Bolsonaro não é incorruptível como homem, mas tenho de apostar em alguém. Resolvi apostar em quem acho que não tem acordos antigos.
5.      A imprensa o odeia. Esse é um bom motivo além de todos os outros. A mídia é pérfida, vendida e interesseira a serviço do que não presta e se ela não gosta dele me dá um bom motivo para gostar. Se Bolsonaro cortar o “leitinho” dessa turma e deixar eles se virarem como todos os outros trabalhadores, já terá feito um grande serviço à nação que sofre na mão deles, porque não tem dó de ninguém quando querem denegrir e expor.
6.      Bolsonaro não é politicamente correto. Essa é para mim uma virtude diante deste mundo vil. Fala na cara o que pensa e não alisa para destruir por trás. É isso mesmo que eu acho que precisamos neste momento. Os outros andam com marqueteiros para lhes informar do que dizer e como dizer em que momento dizer. Eu não gosto de gente assim. Quem anda perto de mim sabe disso! Os outros são polidos, seguros, você pode xingar a mãe deles que a cara de pau está pronta. Parece psicopatia todo esse controle. 
Bolsonaro não é perfeito em seu plano de governo e nem como pessoa. Existem lacunas em suas propostas como a da educação que ainda não ficou claro. O armamento civil também não estou certo de que irá funcionar. O diálogo com o congresso está nebuloso, mas é bom que esteja pois essa turma precisa sair ou se alinhar com o executivo. O ideal seria pegar de cada candidato uma proposta ideal e sei que cada um os tem, mas estaria eu construindo um Frankenstein da politica. Bolsonaro não é completo mas o que mais me agrada é sua disposição de enfrentar o que acredito ser o maior problema nosso, a bagunça democrática e quando o caos se instala não é possível exercer democracia pura, mas ação enérgica para controlar e reestabelecer a ordem. Dentre todos os candidatos que aí estão somente Bolsonaro pode fazer isso, ao meu ver é claro. Talvez você não enxergue assim, mas por favor não seja deselegante com sua posição e não ofenda para se defender, pois ofensa nunca foi defesa e sim fraqueza!

02 setembro 2016

Sem vida própria!

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20
Este verso retrata o que costumamos ouvir nas igrejas.
O cristão não tem gosto, cor, cheiro ou sequer vontades pessoais.
Na prática é muito diferente claro. O discurso é a maior arma do cristão.
Pastores aprendem rapidamente a justificar suas convicções e suas vontades e quando não conseguem convencer “atiram” certeiramente com a inusitada frase: “O Senhor me falou”! Para quem tem medo de Deus isso é o bastante para segui-lo ou aceita-lo. Para mim uma covardia sem tamanho!
Antes de seguir a “carreira” de pastor, meu amigo e pastor Aloisio Bacelar me disse: “Deus faz profetas, mas não desfaz o homem. ” Se a frase é dele eu não sei, mas é boa demais e marcou minha vida.
Meus pais diziam que eu era rebelde, hoje aprendi que rebelde é sempre aquele que questiona as coisas. De fato, creio ser mesmo rebelde. Não sou aquele que não cumpre ordens mas tenho muita dificuldade de as cumprir sem entender. Mas meu texto aqui não é discutir ordens mas refletir sobre a vida.
Jung, do qual me tornei especialista, diz que o EU não muda. Ao compreende-lo você entende que o EU se adapta e em algum momento se submete, mas as vontades estão lá.
A fé cristã acredita em mágica, o que erroneamente chamam de conversão. Para o cristianismo a conversão é o momento em que uma pessoa ao se encontrar com Cristo deixa de gostar ou põem as suas vontades de lado. Prefiro esta última definição. Por exemplo: A pessoa gosta de bebida alcoólica, mas não tem controle. Mesmo depois de convertido à vontade estará presente, mas por saber que será descontrolado ao ingerir o líquido, prefere abster-se dele. Agora, em Cristo, ele terá mais força para isso, pois o Espírito Santo o capacita para tal. Mas também posso acrescentar ou ponderar que conversão é acima de tudo deixar sua cosmovisão de mundo e vida para aceitar e acolher a de Deus e sua Palavra.
Alguns insistem em dizer que a vontade desapareceu. Não acredito, o que ocorreu foi uma sublimação. Um objeto menor deu lugar a um maior.
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. ” Filipenses 1:21
Bem, meu texto também não se presta a explicar cumprir ordens, mas refletir sobre a vida esquecida. No caso, um pastor é cobrado por demais para ser como a média. Por exemplo: Alguns se surpreendem quando um pastor não veste paletó. E quando ele gosta de cerveja? E quando o pastor é motociclista? E quando ele usa joias? E quando usa brinco? Deixa de ser pastor por isso?
Um senhor pastor ou pastor senhor me disse que “o hábito faz o monge”. Ele se referia a roupa e não ao costume. Estudos mostram que de fato a roupa afeta no processo cerebral da pessoa. No entanto, me visto bem para me sentir bem e não para impressionar o outro.
João Batista foi considerado por Jesus como um grande profeta, e ele não estava no conceito da maioria! Era completamente esquisito para a sua época!
Jung chama certos comportamentos de arquétipos! O pastorado possui os seus. A imagem fala muitas vezes mais que comportamentos. Um pastor pode ser absolutamente ético, misericordioso, amoroso e hospitaleiro mas se não tiver uma imagem nos padrões estabelecidos pela maioria seus comportamentos demorarão a fazer efeito sobre o outro.
Todos são preconceituosos não adianta negar!
Lembro-me que na década de 80 Caio Fábio em seus congressos usava algumas expressões de linguagem que qualquer mortal se usasse teria sido escorraçado. Pois bem, quando ele se divorciou de sua esposa e casou de novo, muitos o “apedrejaram” e se indignam do que diz. Sendo que ele diz a mesma coisa que antes, mas como sua imagem foi destruída pelo “farisaísmo” ele tornou-se profano. Contudo, se libertou da “ética” consensual para ser aquilo que sempre foi.
Jung denomina de individuação. A capacidade para ser aquilo do qual sempre foi!
Paulo foi destemido, arrojado, louco, apaixonado pela missão, polêmico e causador de confusão. Convertido, todos estes quesitos agora estão em favor de Cristo. Sua mensagem farisaica dá lugar ao evangelho e seu capricho pela lei é substituído pela Graça. Mas Paulo continuou sendo Paulo!
A verdade é que o pastor querendo ser aceito ele se submete ao capricho alheio. Não tem coragem para ser ele mesmo! Acostumados com os costumes de outrora não tem coragem para ousar ser diferente da maioria.
Talvez seja por isso que o índice de pastores deprimidos é enorme!
Lamento ver seminaristas deixando os seminários como se tivessem saído de uma linha de produção. Copiam até a forma de pregar! Vestuário, linguagem e toda uma vida. Querem ser Spurgeon, Hernandes Dias Lopes, e demais personalidades importantes, menos ser eles mesmos.
Quando certa feita os alunos de Jung disseram que eram Junguianos ele replicou que este feito era seu, eles deveriam ser eles mesmos.
Lembro-me que certa feita cheguei na igreja com brinco, e os uso até hoje, mas infelizmente não o posso usar em qualquer lugar, talvez quem sabe por causa dos “débeis” na fé como diz Paulo. Não adianta explicar! Pastor não pode! Porque não? O silencio se faz ecoar nesta hora. Os mais ignorantes os associam ao homossexualismo, os mais conservadores os atribuem a cultura e os demais nada sabem.
Certa feita num desses domingos quentes de verão, ousei ir ao culto de bermuda social. Surpresa para uns, escândalo para outros e alegria de poucos. Confesso que fiquei relutante ao sair de casa vestido assim, mas insisti com meu EU que deveria ir, pois não estava nu e nem desrespeitoso. Nosso culto ou ambiente não era solene e nem sacro. Isso foi uma vez só, pois não me senti totalmente confortável para continuar, mas não critico quem assim o faz.
Fico “fulo da vida” quando ouço que fazemos o que fazemos porque sempre foi assim. Não pensamos no tempo, na forma, na mensagem e nem sequer na cultura ou na ocasião. A música na igreja tem de ser como as aprendidas importadas da época Vitoriana. Já pensou em louvor no formato de samba?  E o ritmo africano?
A bem do meu questionamento aqui é só para pensarmos que um pastor pode ter gostos diferenciados e que todos somos vaidosos quanto a imagem e queremos nos portar como nosso EU se sentirá mais confortável. Não creio ser isso um pecado!
Pecado é pastor descabelado, dente sujo, roupas sujas, unhas de mecânico, pelos do nariz a mostra, linguagem chula e completamente “desgrenhado” e ignorante a cultura e conhecimentos gerais.

Você pode pensar que estou me defendendo de algo. Talvez! Mas também posso estar servindo de uma pequena voz aos que são martirizados pela opinião alheia, postura que não me convidaram a ter.

18 março 2016

A Matriz do pensamento Anti-Corrupção

De tempos em tempos surge uma revolta nas ruas contra a corrupção. Foi assim com Vargas, Collor e agora com Dilma. Talvez algum outro neste meio tempo de história, mas os que lembro e que tiveram uma proporção grande são esses.
O que está por detrás disso? Primeiro preciso dizer que não sou a favor da corrupção e nem petista. Embora tenha um olhar mais interessado pela esquerda, hoje no Brasil é muito difícil identificar esta posição. Atualmente é governo e não governo. Atualmente eu sou “a-governo”.
Alguns pensam que quando escrevo ou me posiciono sobre alguma coisa, estou defendendo alguém. Carl G. Jung sofreu este tipo de opinião quando analisou o nazismo em sua época. Foi taxado de antissemita! Sua preocupação era apenas psicanalítica e a identificação dos fenômenos psíquicos. Não escapou dos rótulos! Eu com certeza terei o meu. Mas pense!
Quando ficamos saciados de alguma coisa, cheios dela, precisamos nos livrar. Assim tem sido a corrupção no Brasil. Estamos cansados dessa matriz da barganha, oriunda do catolicismo, enraizada no pensamento, tipo, “toma lá da cá”. Cheios da sujeirada política, vamos às ruas confiando que nossa opinião vale de alguma coisa. Na era Vargas, chamamos a atenção dos militares. Apoiados pelos EUA houve uma reviravolta por aqui e a ditadura linha dura reinou. Na era Collor, chamamos a atenção do congresso e os deputados e senadores com medo da opinião do povo, cassou o Collor. Agora chamamos a atenção do judiciário e esperamos que Dilma e o PT sejam presos.
Somos assim! Queremos que resolvam os nossos problemas. Isso mesmo! A corrupção está dentro de cada um. Quando se torna público o “pecado” de um político, queremos matá-lo imediatamente. Na realidade estamos nos vendo no espelho!
Todas as pessoas que foram as ruas contra a Dilma, com certeza já compraram algo sem nota, já burlaram as leis, mentiram ao telefone, adulteraram algo e por ai vai de ladeira abaixo, mas em se tratando de quem me representa, não pode. Mais ou menos assim: “de sujeirada já basta eu”.
Lula é o sujeito perfeito para que seja colocado como bode expiatório. Já ouviu isso né? Pois é! Não sou ingênuo ao dizer isso, que Lula é inocente como o bode era, claro que não. Você sabe que assim como no puteiro não tem freiras, na politica não tem santos! Não é disso que falo, pois neste ambiente há truques e trambiques!
A questão é! Necessário é colocar no PT e seus partidários a carga do mundo corrupto. Isso lavará a nossa alma. Assim como os cristãos colocou em Cristo o pecado do mundo. Claro que não há comparação de Lula com Cristo, me refiro ao arquétipo em que estamos imbuídos. A necessidade de clonar num partido e numa pessoa o mal da politica. Lula é perfeito pra isso. Feio, sem um dedo, metalúrgico, voz granida, falador e etc. Pense se fosse FHC indo prestar depoimento sobre seus erros! Entraria e sairia pelos fundos, não falaria com a imprensa e quando filmado ou fotografado estaria com semblante de assustado. Em seu governo, nunca se pronunciava sobre os inúmeros escândalos de dentro do Brasil. Viajava e se pronunciava lá de fora. Esperto! Lula não é assim. Chama pra briga, convoca o povo e se porta como injustiçado. Nas ciências políticas ele é o famoso populista. Na sociologia é o povão, na psicanálise, o arquétipo salvador. Sim, esperávamos dele a moralidade que sempre arvorou, mas porque acreditamos nele se sabemos que na politica não tem honesto? Acreditamos e nos decepcionamos, então, mata ele. Na verdade “mata nós” que votamos nele. Mas há quem diga: Nele eu nunca confiei!
Agora pense comigo se ainda estiver ai sem achar que sou petista ou Lulista.
De onde vem todo o barulho contra o Collor, Vargas, Dilma e Lula? São Paulo e Curitiba. Certo, pois bem! Quem no passado na história brasileira quis separação do Brasil por razões morais e econômicas? Sudeste e Sul, os mesmos protagonistas de hoje e sempre na politica brasileira. No entendimento psicanalítico é o arquétipo egoico operando novamente. Ainda mais quando a imprensa entra no jogo e coloca mais lenha na fogueira. Ou você ainda crê que a notícia no mundo e aqui é imparcial? As notícias são compradas e vendidas. Assista as notícias em canais diferentes e verás que a Globo é uma coisa, a Band outra e as demais também. Cada revista se presta um partido e a um segmento. Quando em 2000 eu estava viajando o Brasil dando aulas de psicanálise e nestas turmas haviam muitos pastores evangélicos a revista Veja veio com tudo pra cima de mim e na edição da entrevista mudaram totalmente o teor das respostas. Sempre com o sentido que queriam dar! A matéria já estava pronta, só precisavam de um otário, fui eu na ocasião. Ali eu conheci os bastidores da notícia!
Não estou dizendo que o Lula e o PT e sua turma são honestos, não é sobre isso que me refiro, tenho de repetir todo dia isso a todo o momento, porque quando se fala a pessoas envolvidas afetivamente, elas só veem o que estão decididas a verem. Com isso, Maluf fica quieto e pode morrer sem devolver o que roubou. As peripécias sexuais do FHC deixa quieto. O cunha na câmara vai presidir sem “encherem o saco” dele, o Aécio pode continuar cheirando cocaína e seu avião sendo pego com drogas, porque o momento de por o pecado do Brasil é no Lula e Dilma.
Sérgio Moro, e demais juízes estão certos em averiguar e prender, mas ainda assim também estão movidos pelos desejos inconscientes de lavar numa alma só o pecado de toda uma nação. Ainda assim, não vai resolver, pois Collor está novamente fazendo política.
Não duvide! Quando puxaram o tapete de Collor em Brasília, foi porque ele fazia lá a república das alagoas e agora com o PT, a república do nordeste. A quem interessa tudo isso é apenas ao setor político que saindo Lula e o PT, entrará outros que farão a mesma coisa, do mesmo jeito e que depois, de tempos em tempos, nós vamos tirar de novo num ritual de lavagem da alma.

Ainda assim, isso não é tudo. 

20 janeiro 2016

Plano B (sublimação) ou Conversão?

Lendo noticias me deparei com esta. (segue link acima) A famosa moça bonita miss bumbum que se deu mal com aplicações químicas na perna.
O cristianismo tem sido desde o século XX o reduto dos fracassados. Não atingindo o sonho desejado a pessoa se converte. O sujeito que não conseguiu realizar seus objetivos procuram as igrejas neopentecostais para fazer ali a sua última aposta.
Quem sou eu para julgar o desejo oculto do coração alheio, mas observando os meios posso imaginar que o plano B ou a sublimação é uma saída viável.
Longe de ser conversão à fé cristã, o plano B ou sublimação é um forte movimento psíquico em busca da solução para o sofrimento. O ego procura recursos para não se jogar no poço sem fundo e acabar no suicídio. A tentativa é valida como um caminho de sobrevivência, mas longe de ser conversão.
A conversão cristã tem no apóstolo Paulo o modelo. Sendo ele um fariseu ardoroso e zeloso, vai em direção aos cristãos para prendê-los e nesta empreitada é literalmente parado por Jesus que lhe derruba do cavalo para começar ali a sua transformação.
Paulo estava certo de que fazia o certo. Tinha cidadania romana, estudou nos melhores colégios, viveu numa boa vida regaladamente até o episódio fatídico no caminho para Damasco.
Esse é o ponto! A conversão de Paulo e o que o cristianismo retrata não é o momento de perder tudo e se converter, mas é ter tudo e perder por causa da conversão.É o mesmo episódio do jovem rico em que Jesus o manda renunciar tudo e segui-lo. Amando o dinheiro e suas benesses o rapaz não consegue.
O que tenho observado em conversões populares são pessoas que viraram “manga chupada” e “laranja seca” não podendo usufruir do presente século, convertem-se!
Acho estranho isso! Não duvido e nem desacredito que Deus pode estar fazendo isso, mas para mim é mais um plano B ou sublimação. Um recurso adquirido pelo ego para se ajeitar confortavelmente.
Conversão é abrir mão de tudo, quando tudo vai bem, quando o mundo nos ama para assim viver com Deus e para Deus, acreditando que Ele é mais importante porque Ele nos chamou.
Conversão não é uma atitude minha para viver confortavelmente, mas um chamado Dele para sofrer em seu nome.
Conversão não é um plano de menos sofrimento é um chamado Dele ao sofrimento.
O desserviço que estas igrejas neopentecostais prestam é enorme. Deturpam tudo quando convidam as pessoas a pararem de sofrer prometendo o céu na terra.
Quando Jesus convida a virem a ele para terem paz é no contexto de que o mundo não nos dá essa paz, mas trocaram a paz de Jesus por vitória.
Eu desejo uma vida de Deus para esta moça, mas com o ensino que ela tem na Universal, duvido que encontre o verdadeiro Deus de nosso Senhor Jesus Cristo.



14 janeiro 2016

Politica no Brasil

Na campanha presidencial do Lula em 2002 eu fui convidado por um amigo do PT a escrever no jornal do partido sobre porquê de Lula presidente para os evangélicos. Não sou e nunca serei o representante da voz evangélica e nem petista, mas discorri sobre a ótica bíblica de socorrer o pobre. A justiça social e o arrefecimento da voracidade capitalista que mata mais que as guerras no mundo estavam em pleno vapor na ocasião. Até então, Lula se prestava ser juntamente com seu partido, um grupo de pessoas que estariam na contramão do que se tinha na época. Não me arrependo de ter escrito o que escrevi, até porque as coisas mudam, pessoas mudam e o cenário politico também. Na ocasião era o que se tinha de esperança. Anos se passaram, Lula presidente por duas vezes e o que eu escrevi esperando ver não vi. Ou melhor, parte dele! De fato a classe menos favorecida ascendeu um pouco, mas subir financeiramente à custa do governo não é subida mas garupa. Do que adianta ter mais condições financeiras se elas não podem custear o mais importante? A cultura!
A prova está na economia em queda de hoje. Sendo sucinto, o governo usou o cheque especial para pagar o social. Mas o que eu quero dizer aqui não é sobre economia, mas política. Essa eu conheço um pouco!
Em meados de 89 eu coordenei a campanha de um tio a deputado estadual no Rio de Janeiro. Convivi com figuras politicas como Nelson Bournier, Francisco Dorneles, Moreira Franco, Roberto Jeferson e outros. No nosso comitê os eleitores nos procuravam para pedidos pessoais, nunca algo para comunidade. Cheguei a pensar que se meu tio fosse eleito, ficaríamos distante desta corja de eleitores por quatro anos abastecendo os bolsos para depois voltar dando o que querem. Dinheiro! Perdemos as eleições por questões partidárias, na época o PFL, uma mala sem alça para nos eleger. A questão eleitoral é tão problemática que o Sérgio Cabral do PSDB se elegeu deputado com média de 6 mil votos e meu tio com contados 9 mil ficou de fora.
Neste cenário eu vi e ouvi horrores na politica. Nas apurações que ainda eram cédulas de papel eu vi o PDT eleger outros personagens com votos de Cidinha Campos. Colocavam-se por cima as poucas cédulas dos candidatos que queriam eleger e as demais eram da Cidinha que já estava eleita. Contava rápido igual conta-se dinheiro. Os mesários de apuração nada percebiam e alguns estavam comprados. Isso mesmo, comprados! Com dinheiro de empresários que financiam o deputado em troca de serviços no estado. É assim que se faz politica pública. Não se põem o “bloco na rua” sem dinheiro. Se a mídia fala do candidato de forma boa, empresários descem em seus gabinetes como mosca no mel. A mídia é vendida, o politico é comprado e os eleitores empregados. Tudo está corrompido! O mal é generalizado! 
O que estamos assistindo no cenário nacional em nada me surpreende. É assim que o sistema politico está estruturado. Loteamento publico! Um governante não governa se os outros ao redor não levarem vantagem. Seria muita ingenuidade sua ficar escandalizado com a bandalheira de hoje, ou melhor, é ignorância sua e nossa. O Brasil foi construído assim. Leia os livros de história. Até no exército houve trapaça e acordos para o general Figueiredo ser o presidente eleito por eles.
Lula e Dilma sabem de tudo dos grandes acordos. FHC também, Aécio e todos os outros sabem. Quem não sabe de nada é o trabalhador honesto e pequeno. O final da ponta! Vejam como o adversário de Lula em 1989, o Collor, hoje é parceiro. Se Lula não lhe dá um lote público não governa. Se Lula não senta com Sarney e não lhe concede favores não tem o Maranhão a seu lado.
Enquanto o povo esperar o messias na politica os políticos aproveitadores levarão vantagens. Não será uma pessoa que salvará nosso país, mas um povo comprometido com a honestidade, o que está muito longe de ser. Aqui, o que vale é “farinha pouca meu pirão primeiro”.
Depois que meu tio perdeu a eleição para deputado, em seguida ganhou em disparada a prefeitura de Miguel Pereira. Fez uma gestão medíocre, digo, sem grandes obras, pois o orçamento anual era muito baixo, mas foi honesto em sua administração. Na ocasião não havia reeleição, mas fez um sucessor natural. Nós sabemos que sua gestão foi honesta, tanto que hoje mora em casa alugada e vive com sua aposentadoria de funcionário público da Itaipu Binacional, emprego conquistado no passado por meio de prova pública. Na boca do povão a opinião é diferente, muitos dizem que ele roubou horrores, tem conta na Suíça e etc.
Opinião é uma coisa complicada! Noticia também. Ao ler os jornais e ver os noticiários temos a sensação de que a verdade está sendo dita, mas eu não tenho tanta certeza assim. A notícia também é comprada pelos órgãos públicos. Se o jornal publicar tudo que desinteressa o governo e políticos não haverá propaganda no jornal dos seus governos e publicações concedentes. Jornal fecha as portas pois o que dá dinheiro é propaganda e não notícia.
A solução da política está no cidadão! Em você, em mim e em nós. A cidadania é o fortalecimento da democracia, mas enquanto não nos curarmos da ganancia não tiraremos o Brasil dessa. Pois sairá Dilma e entrará outro(a) e sai o PT e virá o que? Outro partido que está fazendo o mesmo caminho do PT para chegar ao poder.
Enquanto assistimos as notícias do PT e seu transito de corrupção, existe outro formigueiro fazendo o caminho corrupto até o açúcar para chegar ao poder.

Não jogue a toalha, mas exerça sua cidadania e seja honesto e moral em sua casa, seu espaço seu mundo, para que no futuro bem distante nossos herdeiros genéticos assistam o que plantamos no passado.

09 janeiro 2016

Jihad Cristã

Tempos difíceis, não muito do passado quando Paulo e outros apóstolos saíram mundo afora anunciando a maior novidade. O cristianismo! Diversas religiões possuíam suas crenças, seus deuses, sua forma de ver o mundo e seus receituários religiosos com manuais de práticas.
O cristianismo foi uma ameaça aos deuses pagãos. A inexistência de um ritual de conduta ou magia trouxe controvérsias, pois o cristianismo não os possuem, os condena. No entanto, temos visto reaparecer travestido de cristãos, “apóstolos” e doutrinas que trazem de volta o gnosticismo do passado, com magias e rituais dos mais bizarros. Recentemente vi no programa de televisão da Igreja Plenitude do Trono de Deus uma campanha dos “comedores de uvas”. Que coisa é essa? Do que eles estão falando? Não sei, mas é fato que tal campanha tem o desejo de arrecadar dinheiro. Tudo nestas igrejas é dinheiro, muito dinheiro. As magias praticadas produzem um efeito alucinógeno nos incultos, incrédulos e pseudos crentes. A fé está pautada nas campanhas e não em Cristo. O nome de Jesus é proferido mas não obedecido.
A minha percepção é que estamos vivendo o momento de evangelizar os ditos “evangelizados”. As vítimas ou fabricantes destes “apóstolos”. Nossa tarefa tem se dobrado, porque fazer conhecido o nome de Jesus e Sua doutrina tem se tornado cada dia mais difícil. Assim como abordamos os católicos os levando entender que a idolatria não é aceitável, estamos agora com o mesmo fato com os evangélicos destas igrejas. O maior problema é o engano, porque os que não conhecem a Cristo sabem claramente que estão perdidos, mas os que proferem o nome de Jesus e participaram de campanhas e conseguiram vitória não sabem de absolutamente nada da doutrina, são mais difíceis de fazermos conhecido o nome de Jesus e sua doutrina genuinamente, sem contaminação.
Assim como a reforma protestante ecoou no mundo, precisamos retomar tal feito. Não podemos nos acovardar diante de tamanho problema de ótica. O erro tem sido ensinado! Esses pastores trabalham dia e noite pelo erro. Essas igrejas estão muito mais engajadas do que nós. Eles não se cansam. Suas ovelhas escutam a voz do pastor com mais obediência e seus “soldados” estão mais dispostos a morrer por este engano que nós.
Diante disto, temos pela frente, o desafio de anunciarmos o verdadeiro evangelho. O grandioso evangelho que levou Paulo as cadeias. A mensagem que levou Cristo a cruz. O evangelho que deixou Pedro literalmente de cabeça para baixo. O evangelho que permitiu a Estevão abençoar quando estava sendo apedrejado.
Árdua tarefa nós temos! Como faremos? Quando faremos?
Se falarmos dos outros, nos tornamos invejosos, se falarmos apenas do evangelho podemos ser confundidos com eles.
É tiro pra todo lado! Confesso que na guerra temos estratégias, mas o problema desta guerra é sermos confundidos com o inimigo.
Farei deste ano, o ano da guerra! O ano da proclamação do verdadeiro evangelho. O ano aceitável do Senhor!